Conteúdos Programáticos


Cesário Verde 

Cesário Verde nasceu a 25 de fevereiro de 1855 em Lisboa no seio de uma família burguesa. Começou a estudar letras, mas saiu a meio para trabalhar com o pai, contudo nunca deixou as letras de lado e escreveu muitos poemas que apenas após a sua morte precoce foram publicados num livro. O poeta escrevia de uma maneira que não era nada habitual, e foi completamente ignorado e criticado pelos círculos literarios onde participou e pela sociedade que lia. Os peomas de cesário retratam o real. Eles descreveu tudo aquilo que via e o incomodava ao deambular pela cidade, e tambem a vida que teve no campo e o seu trabalho como agricultor. Cesário Verde faz um grande contraste entre a cidade e o campo e descreve o campo quase como o oposto da cidade, enquanto a cidade lhe dava uma sensação claustrofobica, o campo dava uma sensação de liberdade e felicidade. Cesário morreu muito cedo, devido à tuberculose, doença que lhe estava na genética, muitos dos seus familiares tambem tinham morrido devido à tuberculose. O seu pai, mandou-o para o campo, numa tentativa de que os ares frescos e limpos do campo o curassem, o que infleizmennte não aconteceu.


Antero de Quental

Antero de Quental era um poeta pensador, do século XIX. No seu livro, Sonetos Completos, é possivel ler os poemas que ele escreveu. Um mestre dos sonetos, impressionista literário, escrevia nos seus poemas palavras que descriviam uma busca incessante pela perfeição, que o faz sentir-se profundamente triste por saber que nunca encontrará o que para ele era a perfeição. E isso leva o poeta a refletir nos seus poemas um sentimento de angústia e frustração.  Num dos seus poemas, Tormento do Ideal, Antero, percebe que mesmo depois de encontrar a perfeição, a beleza que não morre, fica triste. Isto mostra, no meu ver, que a imperfeição humana não o permitiu, nem permite a nenhum de nós, encontrar a perfeição, e isso é bom, pois levar uma vida sem nenhum desgosto, ter uma vida "perfeita" acaba por tornar monotomo a perfeição que é viver. Antero levou uma vida a procurar pela "perfeição", seja na politica, seja socialmente, era um filosofo que tinha punha as perpestivas no topo, e que por isso, quando tropeçava na matéria dura ( realidade ), ficava muito desanimado com a vida. Este cometeu suicidio, não se sabe a razão, mas suponho que seja pelo facto de se decepcionar constantemente pela sua ingenualidade.  Ele de perder a esperança em si mesmo. Um facto curioso sobre o seu suicidio, é que aconteceu num banco de jardim, onde estava escreita a palavra esperança. Dá que pensar não é?


"Amor de Perdição" de Camilo Castelo Branco


Esta obra de Camilo, conta a uma história de amor, mas não de um amor qualquer, de um amor de perdição. A historia é facilmente resumida com o a frase "Amou, perdeu-se, e morreu amando. 

  • Amou - Introdução
  • Perdeu-se - Desenvolvimento
  • Morreu, amando - Conclusão
   Camilo, inspirado pelo seu tio, escreve a historia de Simão, um moço bonito que se apaixona por uma mulher, Teresa, mas que por amor comete o crime imperdoável, o assassinado do jovem que queria casar com a sua amada. Simão é condenado ao degredo, mas decide tirar a sua vida em nome da honra.

   Esta obra é conhecida como o "Romeu e Julieta" português, porque assim como na obra de Shakespeare, os dois apaixonados são ambos de origem fidalga, de famílias rivais, o que impossibilita o seu amor. O pai de Teresa Para impedir esse amor proibido, Tadeu de Albuquerque,  intervém e sugere que o seu primo, Baltasar Coutinho se case com a filha, mas esta recusa, e por isso é castigada e condenada ao convento. 

   Simão, depois de matar Baltasar, é condenado ao degredo, e ao ver a sua amada no convento, a morrer, lê a carta e adoece. Passado uns dias já em alto mar, Simão é atirado ao mar, mas Mariana, uma moça que o ajudava com a troca de cartas com Teresa, que o amava secretamente, atira-se com ele ao mar, e morrem os dois afogados. 

Esta historia é bastante intensa e deixou-me muito curiosidade, por isso li o romance todo quando o acabamos de estudar.





Frei Luis de Sousa 

O Frei Luís de Sousa é quase uma novela  escrita em prosa que aborda muitos temas relacionados ao romantismo. 

Esta novela aborda de maneira exagerada, como não poderia deixar de ser, num drama varias questões relacionadas com o movimento literário da época, o romantismo.

O amor  como substancia nociva que turva a vista para o mundo e que impossibilita outro caminho sem ser a tristeza. O patriotismo, a honra e o sentido de liberdade individual é muito sentida no herói romântico. A religião é apresentada como sempre, como a salvação do fim trágico. E o Sebastianismo, a crença de que o rei português voltaria para salvar Portugal dos espanhóis. Todos estes, são os principais pontos da historia, e o alicerce para a prosa.

Frei Luis de Sousa foi das obras mais intensas de ler, pois o drama foi passado com genialidade do texto para o leitor. Não foi das obras que me marcou mais, talvez tenha sido a com que menos me identifiquei .





Sermão de Santo António aos Peixes 

Fomos convidados pela professora, a escolher um dos peixes que são usados como alegoria por Padre António Vieira no Sermão pregado em S. Luís do Maranhão, Brasil, no dia 13 de junho (em homenagem a Santo António com o intuito de criticar as os colonos pela maneira como tratavam os indígenas . Eu escolhi  a raia pois este sempre tive alguma ligação com este animal. Transmite-me uma ideia de sabedoria e de segurança, talvez pelo facto das mantas, acolherem vários peixes na parte superior do seu corpo, de uma maneira maternal e carinhosa. Em relação ao Sermão, vou assumir a posição de peixe.

  O Exórdio é  a introdução do tema (corrupção na terra e a defesa dos direitos dos indígenas brasileiros). Vieira para captar a atenção dos homens, usa um conceito predicável (Vós sois o sal da terra), comparando os deveres do Sal com os deveres que os pregadores têm mas não cumprem. O Sal na altura tinha a função de conservar os alimentos e impedir que estes se estraguem, os pregadores como obrigação pregar aos homens e impedir que estes se corrompam. É colocada uma "questão", será que é o sal que não salga, ou a terra que não se deixa salgar? Já que os homens não os ouviam ele veio pregar a nós peixes assim como Santo António fizera.


  Louvores aos peixes em geral escrito no capitulo II, é onde Vieira mostra a alegoria fazendo a dualidade irónica entre nós e os homens, pois o seu verdadeiro intuito é fazer os homens mudarem as suas atitudes, mas sempre com o cristianismo ao lado, pois ele era um Padre jesuíta. 

Santo António disse que as principais razões por sermos louvados são o facto de termos sido as primeiras criaturas criadas por Deus e por sermos as criaturas mais numerosas e maiores, por sermos  bons ouvintes e obediente e sobretudo somos  melhores do que os homens pois não deixamos que nos domem nem que nos domestiquem  (vivem livres e puros longe dos homens). 

Ou seja, Santa António louva-nos pelas nossas qualidades mas lamenta por não ser possível nos converter, pois apenas os homens têm essa capacidade. Apesar da lamentação Santo António não está surpreendido pois está habituado a que os seus ouvintes habituais, os homens, não se converterem. 


  Os louvores em particular  servem para apontar as características que alguns de nós, peixes têm em relação aos homens. Está situado no capitulo III

  • O Peixe de Tobias é um peixe curador e exorcismo de demónios, e por isso é atacado pelos homens que não se curam nem as eles mesmos, nem pensam sequer em curar o próximo.
  • A Rémora alem de ser um peixe pequeno é muito persistente pois agarra-se ao lemo de barcos e navios impedindo estes de navegar livres. Característica que é comparada ao poder de Santo António nos seus discursos.
  • Este é o momento em que Santo António me louva, a mim e ás minhas irmãs raias. Nós somos dotadas de um poder persuasivo comparado ao poder de Santo António, pois assim como Santo António usava os choques da realidade para fazer temer os seus discípulos, nós usamos os choques para fazer temer os nossos pescadores.
  • O quatros-olhos é um peixe com uma peculiaridade, os seus olhos têm uma forma que faz parecer que têm quatros olhos, dois virados para cima, e dois para baixo. Isto conferes uma visão tanto do que se passa ao cimo da água como aquilo que acontece debaixo dela. Esta capacidade é comparada ao poder do conhecimento do bem e do mal, a salvação e a condenação, dádiva esta que homem não aproveita.


  Repreensões aos peixes em geral é o capitulo IV, onde Viera aponta o nosso principal defeito, o facto de  alimentarmos-nos dos nossos semelhantes de maneira injusta, pois são os peixes grandes que comem os pequenos e por isso, são precisos centenas dos nossos para dar de comer a um grande, o mesmo acontece com os homens. O mais poderoso e rico, usa do trabalho árduo de centenas/milhares de indivíduos sem lhes recompensar para manter a sua riqueza. Se um único peixe grande sustenta-se a vida de milhares de peixinhos pequeninos como eu, haveria muito menos sofrimento e mais resultados. O mesmo aconteceria com os homens, se uma pessoa no poder  responsabiliza-se em alimentar e cuidar de um povo, garantindo-lhe condições de vida e propicias para uma evolução justa e em grupo, a terra seria melhor, até mesmo que o mar.


   Repreensões aos peixes em particular 

  • Os roncadores são peixes tamanho e sabedoria não combina com a sua língua,  pois são peixes que roncam alto de maneira soberba e arrogante mas que no final das contas são os mais estúpidos e deixam-se se ser pescados com facilidade. Assim como os bípedes da terra, que gostam de se vangloriar pelo que não são, e assumem uma posição soberba e arrogante perante o próximo, mas sendo tão ou mais pequenos que ele. Vieira aconselha-o a calar-se e a seguir o exemplo de Santo António, que apesar de ter razão muitas vezes calava-se.
  • Os pegadores por sua vez são as carraças do mar, agarram-se aos seus hospedeiros e dependem deles para tudo, o problema é que quando os peixe grande morre, todos os seus parasitas vão com ele. O homens fazem parecido, colam-se a pessoas com grande poder e vivem dos benefícios, quando são condenados os grandes, todos os seus "amigos" são condenados também. 
  • Os peixes voadores são peixes que devido ao facto de serem portadores de barbatanas diferentes das nossas, em forma de asas, usam-nas para voar e assim sair do seu elemento, ficando expostos aos perigos da água e do ar. Os homens por sua presunção, vaidade e ambição desmedida são criticados pelo Padre Jesuíta usando a alegoria do peixe voador.
  •  O polvo é o ultimo """peixe""" a ser repreendido pois tem uma aparência enganosa a qual nos leva a crer que este é brando e manso mas é o maior traidor do mar, porque se esconde, mudando de cor, para atacar sempre através de emboscada.








 

Crie o seu site grátis! Este site foi criado com a Webnode. Crie o seu gratuitamente agora! Comece agora