Biografia 


 

Jorge Andrade Neves 


Quem sou eu? Essa é uma pergunta difícil de responder, talvez sem resposta ainda, pois acredito que ainda esteja em descoberta da minha essência. Na realidade todos estamos não é verdade? 

Nasci e vivi no distrito Lisboa até agora. Sempre morei com os meus pais, a minha irmã, até que em 2009, adotámos  o meu primo. Eu fiquei bastante emocionado e contente pois sempre quis ter um irmão mais novo, mesmo ele tendo a mesma idade do que eu, eu sempre o vi como o mais novo, pois sempre fui mais amadurecido do que ele. Sempre fui um miúdo muito curioso, tanto que era conhecido pelos mais afastados como "o puto dos porquês". Eu sempre tive uma paixão incrível por animais e plantas, tanto que era dono de montes deles, desde caracóis, insectos, cobras que apanhava no mato do parque de campismo ( esqueci-me de mencionar que amo acampar, porque será não é? ), que cuidava, alimentava e soltava e montes de plantinhas e semeava com o maior amor. Eu desde pequeno que sabia que a Biologia é o meu ramo. 

Em 2011 aconteceu algo que mudou a minha vida, e a de todos os familiares, por completo e para sempre. Num sábado à tarde durante as férias de Verão, estava eu e o meu pai à espera para receber a minha mãe em casa depois de uma viagem de trabalho com uma surpresa, um jantar, o preferido dela, feito com amor para lhe retribuir o carinho que ela nos dava. Já era tarde, eu estava preocupado pois ela não aparecia, e eu tinha passado o dia com um mau pressentimento, já o meu pai estava tranquilizado e tentava tranquilizar-me dizendo: 

-Não te preocupes Jorginho, ela deve estar a chegar- continuou em tom irónico- sabes que ela esperava por este dia há muito tempo, fazer uma grande viagem sem ter que conduzir!- riu-se, pois era ela que conduzia sempre que fazíamos grandes viagens. O que ele não sabia era que este dia seria a tragédia. 

Minutos após o meu pai me dizer aquilo, a campainha tocou, de uma maneira não habitual, apenas um toque, quando todos que vinham cá a casa sabiam que a tradição era tocar três vezes com um intervalo de um segundo. A minha espinha gelou, eu sabia o que estava por vir. Quem estava atrás da porta eram dois policias, que com uma cara triste e constrangia deram a noticia. Eu cai, só sei que cai, escondi-me no quarto e não derramei uma única lágrima, não por ser insensível, mas sim pela falta de reacção. Quando a minha irmã chegou da faculdade, e eu lhe abri a porta, e a vi subir as escadas a chorar, eu desfaleci nos braços dela. Foi naquele momento que eu assimilei o que tinha acontecido. Ela estava morta. 

A morte da minha mãe fez-me fortalecer ainda mais a relação que eu tenho com o mar e com a água, pois derramamos as suas cinzas na sua praia preferida (assim como ela pedira). Quando eu era pequeno, era comum ir com ela para a Arrábida ou para a costa da Caparica, conversar na praia, molhar os pés, ou até mesmo tomar um banho não planeado. 

Eu ao longo do tempo fui aprendendo a viver com o facto de já não ter a minha mãe comigo, e o meu pai e a minha irmã ajudaram-me muito nisto, pois sempre foram a minha fonte de suporte e apoio. Contudo uma das pessoas que fez com que a minha vida tivesse sentido após a morte dela foi a minha melhor amiga, ela deu-me vontade de viver, deu-me as asas que só os livros podem dar, e juntos voamos por este mundo fora, sem mesmo sairmos de Santa Iria. 

Este acontecimento fez-me amadurecer cedo demais, pelo que nunca compreendi a "malta" da minha idade. 

Foi em 2014 que tudo começou a ficar pior, tive bulimia que me fez entrar numa guerra com o meu corpo que acabou nos finais de 2016 com o meu empoderamento como homem gordo, o que não foi fácil, foi muito duro, tão duro que desencadeou numa depressão que estou a curar até hoje. Há um canal no youtube que me ajudou muito neste processo de aceitação, chamado "Alexandrismos" cujo o link deixarei citado no fim da bibliografia, criado pela jornalista Alexandra Gurgel, conhecida carinhosamente por Xanda. 

Ao longo dos anos desenvolvi um amor indescritível por todo o tipo de arte, pela expressão da arte em geral, especialmente pintura, desenho e musica. Quando era mais novo não tinha um estilo de musica definido, ouvia de tudo, mas agora fui concentrando mais os meus gostos no rock, no jazz, metal e no estilo alternativo. Desde os três anos que sei nadar, e entrei na natação aos 6, mas sai em 2015 devido a medos e inseguranças em relação com o meu corpo. Recentemente no inicio de 2018, voltei a nadar, sem aqueles obstáculos, pois agora aceito e amo o meu corpo como é. No ano passado, descobri que adoro volley, e inclusive comecei a jogar na equipa da escola, na qual me mantenho até hoje.

Sei que hoje gosto tanto do Português por me dar a oportunidade de me exprimir, de poder mostrar ao mundo os meus pensamentos e reflexões sobre as coisas mais diversas desta terra e talvez até sobre algo alem da terra, alem do material, mas também de saber o que o mundo pensa sobre os mesmo temas, e fazer comparações, e questionamentos para evoluir como pessoa. Pois de facto a comunicação é isso mesmo, troca de informação para uma evolução.


Link do canal especificado acima:

https://www.youtube.com/channel/UC2LQ5jMieMZjb5k5Gprp2JQ



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